A melhor forma de se proteger do mosquito é evitar que ele se desenvolva, ou seja, eliminar os focos de larvas. O uso de inseticidas, por exemplo, não é uma boa forma de eliminar o Aedes aegypti adulto, já que estas substâncias estão gerando mosquitos resistentes. Além disso, o uso de inseticidas causa sérios danos à natureza. As contra indicações são as mesmas no caso de uso em larvas.
Sendo assim, a melhor maneira de combater o mosquito adulto é eliminar as águas paradas, ou seja, os criadouros do mosquito. Não havendo água parada, as fêmeas não têm um lugar adequado para que seus ovos se desenvolvam e assim, a população de mosquitos adultos vai sendo reduzida até não representar mais perigo.
Porém, existe uma série de medidas que se não impedem a transmissão da dengue, chikungunya e zika doença, pelo menos a dificulta
O uso de espirais ou vaporizadores elétricos: devem ser colocados ao amanhecer e/ou no final da tarde, antes do pôr-do-sol, horários em que os mosquitos mais picam.
Mosquiteiros
Devem ser usados principalmente nas casas com crianças, cobrindo as camas e outras áreas de repouso, tanto durante o dia quanto à noite.
Repelentes
Podem ser aplicados no corpo, mas devem ser adotadas precauções quando utilizados em crianças pequenas e idosos, em virtude da maior sensibilidade da pele.
Telas
Usadas em portas e janelas, são eficazes contra a entrada de mosquitos nas casas.
Ar condicionado
O uso do ar condicionado inibe o mosquito, pois baixa a temperatura e a umidade do ar, mas não o mata. Ele tem mais dificuldade para detectar onde estará a possível vítima de sua picada. Estes aparelhos apenas espantam o mosquito que poderá voltar em outro momento quando eles estiverem desligados.
No combate à dengue, chikungunya e zika, não adianta só você fazer a sua parte. Se o seu vizinho não elimina os focos do mosquito, você e sua família também estarão correndo o risco de contrair a doença. Por isso, é importante que todos participem da mobilização de combate ao mosquito.
Quer saber como fazer isso? Veja algumas ideias que podem te ajudar a sensibilizar o seu vizinho:
- Crie um jornal. Distribuir materiais de divulgação ressalta que as doenças ainda precisam ser discutidas e mantém os moradores alerta quanto às novidades sobre a infestação. Disponibilize neste material as últimas notícias sobre dengue, chikungunya e zika. Indique os contatos da Secretaria de Saúde do seu município, responsável pelo controle direto do mosquito. Liste as dicas de como se prevenir. Qualquer material é válido: folheto, revista, jornal, adesivo. Seja criativo.
- Faça reuniões com os moradores. Convoque os residentes da sua vizinhança para discutir a infestação das doenças na sua área. Debata com eles sobre qual tem sido o papel de cada um no combate à dengue, chikungunya e zika e o que ainda é necessário ser feito. Procure conscientizar a todos de que o controle só é efetivo se a participação for coletiva.
- Esclareça os funcionários do seu prédio. São os porteiros que, normalmente, recebem os agentes de saúde e, principalmente, que devem estar cientes de possíveis locais onde possa haver foco do mosquito. Peça ao seu síndico que faça uma reunião com todos os funcionários do prédio para esclarecê-los sobre os modos de combate ao mosquito, sobre todos os possíveis criadouros, sobre a importância da visita do agente de saúde e sobre a participação dos funcionários na própria conscientização dos moradores.
- Estabeleça um Dia de Combate à Dengue, Chikungunya e Zika na sua vizinhança. Quando presente em reuniões com seus vizinhos, sugira que seja estabelecido para cada mês um dia específico. Deixe bem claro que a luta contra o mosquito deve ser diária e que o dia especial servirá apenas para conscientizar mais pessoas da responsabilidade de combater o mosquito.
O trabalho de combate à dengue, chikungunya e zika é muito mais extenso e pede a participação de toda a sociedade. Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ressalta que, durante as epidemias, o trabalho dos postos de saúde informando os pacientes e seus familiares sobre hidratação oral, medicamentos proibidos e, principalmente, sobre como identificar os sinais de alerta indicativos do agravamento das doenças são de grande importância.
FalsoQuando se usa o ar condicionado, a temperatura e a umidade baixam e isso inibe o mosquito. Ele tem mais dificuldade para detectar onde estará a possível vítima de sua picada, mas ele não morre. Estes aparelhos apenas espantam o mosquito que poderá voltar em outro momento quando eles estiverem desligados.
FalsoNão é apenas o simples ato de secar os reservatórios de água parada que irá impedir o mosquito de se reproduzir. É preciso limpar o local também, pois o ovo ainda pode ser manter "vivo" por mais de um ano sem água.
FalsoRepelentes, velas de citronela ou andiroba, ao contrário do que muita gente pensa, não tem muito efeito no combate à dengue, chikungunya e zika, pois têm efeito indeterminado e temporário.
FalsoApesar de ser verdade que o mosquito é atraído de acordo com a respiração e o gás carbônico exalado pela pessoa, a ingestão de vitamina B - alho ou cebola também (que têm cheiro eliminado pela pele) - não é uma medida eficaz de combate à dengue, chikungunya e zika.
Tomar vitamina B pode afastar mosquito, mais isso não dura muito e também irá variar de acordo com o metabolismo de cada pessoa, podendo até não ter efeito algum.
FalsoPrimeiramente, é necessário que o mosquito esteja contaminado. Além disso, cerca de metade das pessoas picadas não desenvolvem as doenças. Entre 20 e 50% vão desenvolver formas das doenças que não apresentam sintomas. Mesmo assim, é importante em caso de dúvida ou qualquer suspeita procurar o posto de saúde mais próximo.
FalsoNão há comprovação de eficácia da borra de café na água das plantas e sobre a terra no combate ao mosquito. Pelo contrário, já foi verificado na prática que a larva do Aedes aegypti se desenvolve na água suja de borra de café.
Ao invés de usar a borra, tente eliminar os pratos dos vasos, ou coloque areia até as bordas deles de forma a eliminar a água. Lave também os pratos com esponja e sabão semanalmente.
FalsoOs ovos do mosquito também podem se desenvolver em água suja e parada. Hoje se discute até se as fêmeas do Aedes têm realmente a preferência pela água limpa. Então, para combater dengue, chikungunya e zika o importante é acabar com qualquer reservatório de água parada, seja limpa ou suja.
FalsoA dengue não escolhe suas vítimas por classes socais. Todos os países que lutam contra a doença registraram casos graves, até mesmo fatais, em médicos, políticos, empresários, artistas, jornalistas e outros. Isso reforça que a preocupação com o combate ao mosquito deve ser de toda a sociedade.
FalsoNão é apenas a dengue do tipo hemorrágico que pode causar complicações aos pacientes. À dengue clássica também podem se juntar (até mesmo com certa frequência) alterações das funções hepáticas, miocardite, assim como problemas neurológicos, resultantes do comprometimento do sistema nervoso central. O paciente com suspeita da doença deve sempre buscar orientação médica.
FalsoEmbora não exista antiviral capaz de reduzir a presença do vírus no sangue ou bloquear os mecanismos fisiopatológicos que conduzem ao choque e às hemorragias, isso não significa que a doença não possa ser combatida. A falta do antiviral pode ser compensada pela aplicação de um conjunto de conhecimentos que classificam o paciente de acordo com seus sintomas e a fase da doença, permitindo, assim, reconhecer precocemente os sinais de alerta, iniciando a tempo o tratamento adequado.
FalsoÉ um erro pensar que as complicações da dengue surgem somente durante o pico da febre. Muitas vezes, o período crítico coincide com a baixa da febre, quando pode ser constatada a hemoconcentração, com graves consequências clínicas. Posteriormente, podem aparecer hipotensão arterial, taquicardia, pulso fino e rápido, cianose periférica e choque.
FalsoNa maior parte dos casos, o acesso a recursos médicos avançados é dispensável. O que é preciso mesmo é um serviço de saúde organizado e atuante, pessoas preparadas, condições mínimas de hidratação oral e venosa, comunicação eficiente, etc.
Falso